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segunda-feira, 1 de junho de 2009

5º Sapateia São Paulo vem aí!!

Foto: Reginaldo Azevedo
5ª edição do Sapateia São Paulo será nos dias 6 e 7 de junho

Marcela Benvegnu


Parece foi ontem que aconteceu em São Paulo a primeira edição do Sapateia São Paulo, um evento que reúne sapateadores de todo o Brasil para comemorar o Dia Internacional do Sapateado, dia 25 de maio, aniversário de Bill Bojangles Robinson (1878-1949), organizado pela sapateadora Christiane Matallo. A principal filosofia do evento, que nos próximos dias 6 e 7 de junho, chega a sua 5ª edição, é difundir, trocar e divulgar experiências sobre a arte do sapateado no Estado de São Paulo. Por meio da lei 14.347/07 aprovada em 2007 pelo vereador Adolfo Quintas, a atividade faz parte do calendário oficial do município, para uma maior organização e popularização desta arte no país.
Devido ao crescimento do número de participantes, bem como a qualidade dos trabalhos apresentados, o evento é recheado de atividades, como jam session, oficinas, desfile e espetáculo. A programação começa no dia 6, no período da manhã, no parque do Ibirapuera, com a Sapateandança e a Tap Mostra. Na Sapateandança, os presentes fazem um desfile pelo local ao ritmo da Escola de Samba Mocidade Alegre, e na sequência apresentam seus trabalhos coreográficos na Tap Mostra. Ainda no sábado, a Tap Jam, no Conservatório Souza Lima (rua José Maria Lisboa, 745), nos Jardins, marca o término das atividades do primeiro dia, às 18h. A entrada é gratuita.
Para participar da Tap Mostra é preciso inscrever o seu trabalho coreográfico gratuitamente via blog (sapateiasaopaulo.blogspot.com). Tanto na Tap Mostra, quanto na Sapateandança o ingresso é a camiseta do evento, que deve ser vestida por todos e adquirida diretamente na Só Dança (rua Augusta, 2672/ (11) 3064-7773). Os participantes também devem doar dois quilos de alimentos não perecível, que podem ser entregues e colocados em frente ao palco no dia da apresentação. Aqueles que forem se apresentar na Tap Mostra devem impreterivelmente integrar o desfile da Sapateandança.
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Christiane Matallo, organizadora e diretora do evento


AULAS PRÁTICAS — No domingo, dia 7, é hora de agitar as plaquinhas. A novidade desta edição fica por conta de três diferentes programas de aulas, um para alunos de nível básico; outro para alunos de nível intermediário/avançado; e o último que une os programas anteriores. No primeiro programa estão previstas as aulas de Fernanda Moreira, das 9h às 10h; de Luciana Polloni, das 10h15 às 11h15; e de Claudia Leoni, das 11h30 às 12h30. O segundo programa tem início às 14h, com a aula de Christiane Matallo, seguida de Luizz Baldijão, às 15h15, e de Kika Sampaio, às 16h30. O investimento o programa um e dois é de R$ 120, e aqueles que optarem pelo programa três pagam um total de R$ 200. Inscrições e informações pelo sapateiasaopaulo.blogspot.com.
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Bojangles, sempre eterno

BOJANGLES — A contribuição de Bojangles para o sapateado foi muito valiosa e específica: ele levou o estilo para a meia ponta, trazendo aos palcos uma leveza e clareza jamais vistas na tradição dos hooffers que dançavam com os pés inteiros no chão. Nasceu em Richmond, Virgínia, e em 1898 foi para Nova York. Aos 31 anos foi reconhecido e contratado pela produção do show “Blackbirds”, onde apresentava um número em que subia e descia uma escada sapateando. Mais tarde esse seria o marco de sua carreira. Com o sucesso de “Blackbirds”, tornou-se respeitado e passou a ser o primeiro negro a conquistar um papel na Broadway, em 1930, com o musical “Brown Buddies”. Ele também conquistou Hollywood (em 1932), onde liderou o primeiro casal inter-racial da história do cinema americano, contracenando com Shirley Temple, em “The Little Colonel”.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sapateia SP começa hoje


A sapateadora Christiane Matallo

Marcela Benvegnu

Ele nasceu há quatro anos com um único objetivo: o de promover intercâmbio entre os sapateadores, e nesse período já se tornou data oficial do calendário municipal de São Paulo. É o Sapateia São Paulo, evento organizado e idealizado pela sapateadora Christiane Matallo, que começa hoje e vai até domingo, em diversos espaços da Capital.

O evento é uma homenagem ao dia 25 de maio, Dia Internacional do Sapateado — data de nascimento de seu precursor, Bill “Bojangles” Robinson, que marcou a década de 1930 com sua leveza e clareza de sons — e Dia Internacional do Sapateado no Brasil, aprovado na lei nº14.347/07 do município de São Paulo no ano passado, idealizada por Christiane.

Hoje, às 20h, no Conservatório Souza Lima (rua José Maria Lisboa, 745), nos Jardins, acontece o primeiro evento do 4º Sapateia São Paulo. É a Jam, momento no qual os sapateadores se reúnem com uma big band — capitaneada pelo contrabaixista Gilberto de Syllos — e improvisam sob diversos estilos musicais. A atividade conta com a participação dos alunos do Souza Lima e é aberta a todos os sapateadores e apreciadores interessados.

É amanhã que acontece um dos mais esperados momentos do Sapateia São Paulo: a Sapateandança e a Tap Mostra, no Parque do Ibirapuera, a partir das 10h. É na Sapateandança que mais de 500 sapateadores cantam o “Parabéns a Você” a Bojangles, com coreografia em ritmo de samba com a participação especial de integrantes da bateria da Escola de Samba Mocidade Alegre. Na sequência acontece a Tap Mostra, evento em que todas as escolas participantes mostram um pouco do seu trabalho em um palco especialmente montado. A entrada para as atividades é gratuita.

Um dos diferenciais do Sapateia São Paulo é que todos se apresentam com uma camiseta do evento, comprovando que a arte é para todos, sem diferenças. Não há taxa de inscrição, porém, os sapateadores devem doar um quilo de alimento não perecível para ser posteriormente doado às instituições carentes.

INTERCÂMBIO — Para fechar o 4º Sapateia São Paulo com chave de ouro e, sobretudo, fazer jus à sua filosofia de intercâmbio e popularização, é hora de praticar. No domingo, quatro aulas serão ministradas no espaço da Só Dança (rua Augusta, 2672), no Jardim Paulista, em São Paulo. A abertura ficará a cargo do percussionista Sérgio Rocha, às 10h; seguida da aula da sapateadora e musicista recém-chegada da Alemanha, Christiane Matallo, às 11h45. Depois do almoço, às 14h, é a vez de Charles Renato — que estava em Portugal dançando em um musical — e às 15h30, a aula de encerramento será ministrada por Luizz Baldijão.

Ainda restam poucas vagas para os workshops. O pacote de aulas custa R$ 120 e a aula avulsa R$ 40. Mais informações www.christiane-matallo.com.br.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Os slydes de Mr. Jimmy


Marcela Benvegnu
Às vésperas do dia 25 de maio — Dia Internacional do Sapateado e Dia do Sapateado no Brasil, bem como suas comemorações, com destaque para o Sapateia São Paulo — o gênero perde um dos seus maiores precursores. Nem todos, ao ouvirem falar de James Titus Godbolt, americano, nascido em 27 de outubro de 1927, em Atlanta, na Georgia, sabem que ele é Jimmy Slyde, astro que ficou conhecido por seus slydes — que significam deslizadas. Slyde morreu no último dia 16, aos 80 anos, em sua casa, em Hanson.

Segundo matéria publicada no jornal "The New York Times", (Jimmy Slyde, Dancer and a Giant of Rhythm Tap, Dies at 80), no último sábado, Mr. Slyde — como era chamado — estava com a saúde debilitada há meses. Sem dúvida, ele era um dos maiores sapateadores do mundo. Além de ser um dos responsáveis por levar o swing e o bebop para a Broadway e para o cinema, foi o "gigante" do rhythm tap — tendência oriunda dos negros americanos que trabalhavam com certo refinamento rítmico — com sua grande musicalidade, impecável timing e habilidade.

O primeiro encontro de Mr. Slyde com as artes veio da música. Quando criança, em Boston, sua mãe queria que ele aprendesse violino e, pelo que se sabe, era um bom instrumentista. O sapateado entrou em sua vida ainda criança. Ele começou a fazer aulas em Massachusetts, no estúdio de Stanley Brown, em paralelo às aulas de violino no New England Conservatory. Quando jovem já se apresentava com big bands pelo mundo. Trabalhou com Count Basie, Duke Ellington, Louis Armstrong e outros grandes instrumentistas do jazz.

Sua dança também atingiu a Europa. Em meados de 1970, Mr. Slyde foi para Paris, onde com a ajuda de Sarah Petronio — sapateadores — introduziu o rhythm tap. Na França, ele também atuou no famoso "Black and Blue," que estreou em 1985 por lá, e depois, em 1989, na Broadway. Mr. Slyde ainda pode ser visto em "Tap," com Gregory Hines e Sammy Davis Júnior, e em "The Cotton Club," "Round Midnight", entre outros filmes.

Mesmo depois de consagrado, seu prazer ainda estava em dar aulas e participar de jam sessions. Muitas delas feitas na La Cave, uma boate de Manhattan, em Nova York, que atraía estrelas do sapateado contemporâneo, como Savion Glover, Tamango, Max Pollak e Roxane Butterfly.
Mesmo longe dos grandes festivais de sapateado, seu nome sempre é lembrado. Uma de suas mais famosas frases era "Eu não sou um homem de executar rotinas. Se você dança, está traduzindo alguma coisa, especialmente se você está sapateando. Você mesmo está fazendo sons. Diferentes bailarinos têm diferentes sons. Alguns têm um som mais pesado, outros dançam com mais leveza. Eu sou extremamente orientado pelo som. O sapateado combina perfeitamente com a música, é a soma de tudo em um".
Crédito: Jack Vartoogian FrontRowPhotos

Thank you, Dance!

by Judy Smith "