Marcela Benvegnu
Refletir sobre a sonoridade do rock’n’roll e suas interferências no corpo é uma das propostas de “Desosso o Osso e (Flutuo)”, espetáculo de dança contemporânea que estréia amanhã, às 19h, no Espaço Nono Andar da Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista (avenida Paulista, 119). Com direção de Mariana Sucupira e Daniel Augusto e criação e interpretação de Aline Bonamin e Júlia Abs, a montagem também segue a linha de pesquisa da Cia. Vitrola Quântica, que estuda manifestações artísticas e corporais urbanas.
No começo do trabalho é exibido um filme com cenas de guerra, a maioria retiradas do documentário “Fahrenheit 9-11”, de Michael Moore. Isso porque, como explica Mariana Sucupira, o espetáculo coloca o rock como uma dualidade. “Esta montagem vai além do rock’n’roll. Mostramos o ritmo como a mais alta poesia, crítica visceral, ou mesmo trilha sonora dentro de um tanque de guerra. Do campo de batalha à vida sonhada dos anjos, o rock é trilha sonora ambígua e leva o corpo à experiência do risco, do limite, de tudo aquilo que vive na margem do mundo”, afirma a diretora. O ingresso custa R$ 5.
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Aqueles que não quiserem ir a São Paulo, podem assistir ao “da Corda Pro Pé”, em Campinas, também amanhã, às 21h. O espetáculo que esteve durante três anos em cartaz nos Estados Unidos e é protagonizado pela sapateadora Christiane Matallo, reúne música e dança ao vivo. Em uma concepção contemporânea, ela sapateia pelo sentido do movimento, sendo a performance a própria forma de pensamento do corpo. A apresentação acontece no espaço da Companhia Sarau (rua José Martins, 1.899 — Barão Geraldo), conta com a participação do contrabaixista Gilberto de Syllos e é realizada sob patrocínio da Prefeitura Municipal de Campinas via Fundo de Investimentos a Cultura de Campinas (FICC) 2007/2008. Os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 10.
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