Com direção de Evaldo Mocarzel (foto|crédito: divulgação Paulínia Cultura) "São Paulo Companhia de Dança", exibido ontem, às 18h30, no Paulínia Festival de Cinema é um convite aos olhos. Não posso escrever muito porque é diferente quando você conhece intimamente sobre o tema principal que o outro se debruça, conhece um pedaço da sequência, sabe como aquele ou este passo é complicado, sabe como as pessoas se doaram e se doam para que o todo seja realizado. Fato é que no filme, nos reencontramos. Assim, ele é todo verdade.
Reproduzo aqui trechos do texto de Celso Sabadim, para o Cineclick (UOL):
A boa notícia é que São Paulo Companhia de Dança, apresentado no sábado (17/7) no Festival de Paulínia, é encantador. Durante 30 dias, Evaldo e sua equipe acompanharam de perto todo o processo de criação do espetáculo Polígono, de Alessio Silvestrin, montado pela Companhia de Dança que dá nome ao documentário. Entrevistas como o coreógrafo? Depoimentos sobre como a vida de bailarino é difícil? Pais e mães contando sobre o cotidiano de seus filhos/artistas? Nem pensar! O filme é totalmente visual e sensorial. "A palavra aqui não é nem coadjuvante; eu diria que é acidental", diz o cineasta.
São pouco mais de 70 minutos de um belíssimo desfile de imagens e sensações onde o corpo humano é ao mesmo tempo objeto e ação. Com luz primorosa e montagem nunca menos que brilhante. Na apresentação de seu filme aqui em Paulínia Evaldo disse que brigou várias vezes com seu montador, que chegou a abandonar o projeto três vezes. Valeu a pena: está na edição/montagem do filme um de seus maiores trunfos.
São Paulo Companhia de Dança segue a linha contemplativa, intimista e reflexiva do também belíssimo Quebradeiras, do mesmo diretor. Tanto neste como naquele, Evaldo abandona a fala, o verbal, para apostar suas fichas e apontar suas lentes para o vislumbre visual que - de fato - enche os olhos. Mesmo porque "o cinema e a dança são duas artes que podem prescindir da palavra", diz o cineasta.
Um comentário:
Que bom!
Amei o post!
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