domingo, 6 de setembro de 2009

Redação Crítica de Dança / Joinville 2009


Segue abaixo algumas críticas publicadas pelos meus alunos no curso de Redação Crítica de Dança que foi ministrado durante do Festival de Dança de Joinville, em julho deste ano! O pessoal teve contato com a crítica durante três intensos dias e o resultado foi muito interessante. Temos excelentes textos aqui. Obrigada queridos!
Marcela Benvegnu
Alunos!!!! Críticos!!! Produtores de pensamento!!!!
Serenade, com a SPCD



Crítica de VANESSA AMARAL
Encanto e sentimento em noite de gala despertados por Serenade
“Exuberante”. Talvez esta seja a palavra que descreva a atuação da São Paulo Companhia de Dança em Serenade, na noite da última segunda-feira, 20 de julho de 2009. A Companhia apresentou-se no Centreventos Cau Hansen na noite de gala do 27º Festival de Dança de Joinville. No elenco constavam bailarinos das cinco regiões do Brasil e também da Argentina.
Com uma execução e leveza invejável exigida pela coreografia de George Balanchine (1904-1983), sobre a música de Tchaikovsky (1840-1893), a remontagem de Bem Bates encantou o público trazendo algo diferente dos ballet’s habituais.
Serenade não possui uma seqüência de fatos lógicos, Balanchine explorou questões formais impostas pela modernidade, estabelecendo uma relação radical entre som e movimento, sua proposta era esclarecer aos jovens bailarinos a distinção entre bailado em sala de aula e dança no palco.
Mantendo esta relação com sala de aula, o figurino composto por collants e saias longas de tule (também chamadas de tutus românticos) apresentou-se de forma simples e fiel a rotina de sala de aula de diversos bailarinos e bailarinas. Este, contudo dialoga harmoniosamente com o movimento e a marcante luz em fundo azul, que dançava graciosamente junto à Companhia.
Em geral sobre a Companhia é impossível não citar e parabenizar a harmonia presente no palco, que pôde ser facilmente percebida pelo público, pois os bailarinos se entregam e vivem o que dançam como um só corpo. Como resposta, recebem não somente aplausos, lágrimas e sorrisos do público, mas também admiração e respeito por tal obra executada por uma Companhia tão jovem e tão fiel ao que comprometem fazer. Deixando de herança a todos nós, um desejo e curiosidade de apreciar o que ainda está por vir.




Crítica de ANETTE LUBISCO

As rupturas e dissonância provocadas por Les Noces
Na noite de 20 de julho de 2009, as 20 h, no Centreventos Cau Hansen dentro do 27º Festival de Dança de Joinville apresentou-se dentro de sua noite de gala a “São Paulo Companhia de Dança”, apresentando em seu programa também Lês Noces. Lês Noces é um trabalho coreográfico onde se vê presente rupturas e dissonâncias.
A proposta coreográfica se deu a partir da união da coreógrafa bielorussa Bronislava Nijinska e do compositor e musico Igor Stravinsky.
Nijinska criou a movimentação para Lês Noces mostrando movimentos dançados com influência de ritual do casamento da Rússia antiga. Além de imagens vividas pela coreógrafa durante a Revolução da Rússia antiga, as inspirações do gestual moderno dos movimentos de danças folclóricas russas ajudaram na sensação de transmitir aspectos relacionados a rupturas sob que o trabalho se oferece. A mais conhecida criação da russa NIjinska, alia a tradição do balé as vanguardas modernistas do inicio do século XX reforçando a idéia de ousadia que Lês Noces perpassa.
Stravinsky compôs e escreveu a musica em quatro cenas explorando o clima solene dos rituais dos casamentos russos, onde os casais eram determinados pelos pais. A riqueza rítmica da musica oferecida de Stravinky e o teor dramático do trabalho provoca a dissonância refletida por todo momento na obra dançada, onde os integrantes/bailarinos passam a ser vozes coreográficas complementadas com harmonia do movimento e musica, ressoando como num todo. A arrojada musica de Stravinsky funde o folclore russo com modernas rupturas musicais
O figurino é visto sem a ostentação de cor, lembrando roupas do dia-a-dia dos camponeses russos. Les Noces é dançado também por mulheres onde Nijinska coloca a importância do uso da sapatilha de ponta, pois ela queria restituir silhueta alongada que se vê nos ícones russos e noutras imagens tradicionais da igreja Bizantina.
O cenário é feito por Gontcharova – russa – e artista plástica de pesquisa abstrata e que buscou perpetuar a arte popular russa.
O Lês Noces foi dançado pela 1ª vez em 1923 e em Paris e para a remontagem deste trabalho para o “São Paulo Companhia de Dança” foi chamado um “remontador” – bailarino que conhece profundamente a peça e que repassem estes movimentos com fidelidade – a portuguesa Márcia Palmerini.
O “São Paulo Companhia de Dança” foi lançado em janeiro de 2008, por iniciativa do governo do Estado de São Paulo, ocupado por elenco de 40 integrantes e que possui sem duvida resultados interessantes em tão pouco tempo de existência. Lês Noces traz a ousadia e sofisticação desta Companhia de Dança que desponta no mercado cultural mostrando a importância de programas com produção de alta qualidade técnica e artística.



Crítica de KARINA BORJA DE SOUZA
Simplicidade e Beleza



Simplicidade e beleza é como se pode definir o espetáculo da São Paulo Companhia de Dança apresentação ontem no 27º Festival de Dança de Joinville. A Noite de Gala foi enriquecida com as apresentações de "Les Noces" e "Serenade".
"Les Noces" uma criação da bailarina russa Bronislava Nijinska (1891 - 1972), música de Igor Stravinsky (1882 - 1971) e com figurinos e cenários assinados por Natalia Goutcharova (1881 - 1962).
O balé nos remete a antiga rússia onde todos os bailarinos se igualavam num só corpo, com movimentos fortes e próprios, nos trazendo um casamento de camponeses onde o matrimônio era um ato acordado pelos pais.
Delicados movimentos fecha a noite trazendo "Serenade" de George Balanchine (1904 - 1983) e música de Tchaikovsky (1940 - 1893). A suavidade transparecia na luz azul e nos figurinos esvuaçantes nos elevando e nos envolvendo com doces sensações. E essa obra-prima era apenas para mostrar aos alunos a distinção entre bailado em sala de aula e a dança no palco.
Foi uma noite que permeou entre o forte e o suave, o brutal e o delicado, e esse trabalho nos mostra o que uma companhia, mesmo sendo formada há pouco mais de um ano, tem a limpeza em sua assinatura e a dedicação dos bailarinos e remontadores levando aos que assistem a tristeza e a alegria em, apenas, alguns minutos de diferença.

Crítica de NILDA NAZARÉ PEREIRA OLIVEIRA

Os sentimentos que a dança pode despertar


Na Noite de Gala do 27º Festival de Dança de Joinville pudemos assistir a apresentação da São Paulo Companhia de Dança, que trouxe duas das coreografias de seu repertório: Les Noces e Serenade. A apresentação ocorreu no Centreventos Cau Hansen, para uma platéia de, aproximadamente, 4.500 pessoas.
A coreografia Les Noces retrata um casamento camponês, na Rússia do início do século XX, quando os noivos eram escolhidos pelas famílias e só se conheciam no dia do casamento. A obra foi criada em 1923, por Bronislava Nijinska (Minsk, 8 de janeiro de 1891 — Los Angeles, 21 de fevereiro de 1972). Trata-se de um Ballet em quatro atos: a Bênção da Noiva, a Bênção do Noivo, a despedida da Noiva da casa dos pais e a festa de casamento.
Os cenários austeros, que retratam casas camponesas, com suas paredes nuas pintadas de bege, o figurino em tons de bege e marrom e a forte música de Stravinsky (Oranienbaum, 17 de Junho de 1882 – Nova York, 6 de Abril de 1971), dão um tom extremamente sombrio, e refletem todo o sofrimento de uma jovem que não deseja realizar aquele casamento, da forma como era de costume.
Serenade, de George Balanchine (São Petersburgo, 22 de Janeiro de 1904 – Nova Iorque, 30 de Abril de 1983), foi criada sobre a Serenata em Si Maior para Cordas, Opus 48 de Tchaikovsky (Kamsko-Wotkinski Sawod, 7 de maio de 1840 - São Petersburgo, 6 de novembro de 1893), em 1935, e é o oposto, se assim podemos dizer, de Les Noces. Trata-se de uma coreografia leve e suave, que dialoga perfeitamente com o figurino em tons de azul, e saias de tule esvoaçantes, que, em conjunto com a iluminação também azul, reproduzia uma cena às vezes parecendo o mar, outras o céu.
Os bailarinos executaram as duas coreografias numa harmonia muito grande, demonstrando grande interação, o que é surpreendente para uma Companhia criada há tão pouco tempo, a São Paulo Companhia de Dança foi criada há pouco mais de um ano e meio, em janeiro de 2008.
Entretanto, o que mais chamou a atenção na apresentação da Noite de Gala foi o tipo de sentimento que uma coreografia de dança pode despertar.
Certamente o público do Festival é diferenciado, são pessoas que vivem e valorizam a dança, a elite da dança no país e, mesmo neste público, pode-se observar um sentimento de angústia, sofrimento e nostalgia evocados por Les Noces, refletido nas palmas reticentes e manifestações contidas, completamente contrárias ao que ocorreu em Serenade, quando a platéia explodiu em aplausos e manifestações de euforia.
Para quem afirma que em Ballet Clássico “é tudo igual”, vale a pena assistir a essas duas coreografias, para perceber os sentimentos que a dança pode despertar.



Crítica de MICHELLE CAMARGO
Quem precisa de príncipes e fadas?
Seguindo a tradição de alto padrão dos trabalhos apresentados na Noite de Gala, o 27º Festival de Danças de Joinville trouxe ao palco duas obras primas da dança clássica: Les Noces, de Bronislava Nijinska e Serenade, de George Balanchine, ambos primorosamente interpretados pela São Paulo Cia de Dança.
Acreditar que apenas príncipes e fadas emocionam e encantam o público do Festival é equivocadamente privar-se do despertar de novas emoções que a dança é capaz de proporcionar.
Em Les Noces, a intensidade da música de Stravinsky aliado à narrativa do balé traduz o sentimento de um período difícil na Russia, porém a força dos movimentos e a performance dos bailarinos da São paulo Cia de Dança trazem à tona o olhar de encantamento e admiração característicos do público dos prícipes e das fadas.
Já em Serenade, este olhar se reconhece na inteligência de Balanchine, que de forma delicada, poetiza o cotidiano de mais uma de suas belíssimas criações e no corpo da São paulo Cia de Dança, acolhe o olhar hipnotizado da platéia.
Se os príncipes e as fadas não estiveram presentes no palco da Noite de Gala do 27º Festival de Joinville, isso já não mais importa. Levamos para casa a descoberta de que emocionar-se é preciso, basta abrir bem os olhos, a mente e o coração!
Crítica de CAMILA EMBOAVA
Serenade. Ah, e então?
Serenade, criada em 1935, foi a primeira obra que George Balanchine (1904-1983) coreografou para os alunos de sua escola, a School of American Ballet. O coreógrafo pretendia ensinar a seus alunos a diferença entre a movimentação de aula e os bailados de palco, daí nota-se as inclinações de corpo, os braços mais leves, a movimentação menos rígida e acadêmica que acabou por “inaugurar” o balé neoclássico.
Ontem, o público do Festival de Dança de Joinville pôde ver no palco principal a remontagem de Serenade dançada pelos bailarinos da São Paulo Companhia de Dança.
Para que Serenade acontecesse, a companhia contou com a orientação do bailarino e professor belga Bem Huys, que dançou no New York City Ballet durante anos e ensinou tanto a coreografia e musicalidade aos bailarinos quanto a luz e o figurino aos técnicos.
O balé começa com 17 bailarinas no palco espalhadas de uma forma não-convencional e bela. O primeiro gesto da obra foi baseado em uma das bailarinas, que protegia o rosto do sol quando o coreógrafo chegou na sala. O balé inteiro acontece com intervenções de movimentações que simbolizam algum fato ocorrido durante os ensaios. A bailarina que chega atrasada e procura seu lugar, a bailarina que cai durante o ensaio, as moças limpando o suor. A obra diz sobre o cotidiano das bailarinas de Balanchine.
Durante o espetáculo fico imaginando o tamanho da comoção que a apresentação de Serenade causa aqui, em Joinville, onde grande parte do público tem envolvimento com a dança. Quantas meninas da platéia devem ter se reconhecido no atraso de uma das bailarinas? Quantas se identificaram com o “choro” de uma das alunas de Balanchine representado em cena?Assim como a queda da bailarina e o sol na janela das salas de dança, o balé Serenade é atemporal.
A musicalidade é impressionante, nenhum acorde parece ter sido desperdiçado, fica a impressão de que dança e música co-existem, Serenade foi feito para a música de Tchaicovsky (1840-1893) e é evidente que não existiria sem ela. Mas depois de ver Serenade no palco fica difícil imaginar que a música exista sem a coreografia. A iluminação azul e o figurino claro dialogam perfeitamente com a movimentação e são essenciais para fazer o mundo de Serenade existir. O balé tem uma dramaturgia inerente, cravada. E chega. Chegou em mim, chegou nas amigas que assistiram do meu lado, chegou até aos pré-adolescentes que não paravam de se mexer e conversar enquanto a São Paulo dançava Les Noces e que na metade de Serenade pareciam absorvidos.
A performance da São Paulo Companhia de Dança estava sublime. A movimentação rápida dos pés, as inclinações, a intenção de movimento, o vento de Balanchine estiveram muito dentro daqueles corpos que se organizavam no espaço e na música entre giros, saltos e braços de um jeito leve, deslizante, sutil e preciso.
A noite de ontem, pela riqueza da apresentação, me lembrou um poema inglês da época do romantismo, chamado A Flor Azul. Azul, como Serenade.
E se você dormisse? E se você sonhasse? E se em seu sonho você fosse ao paraíso e lá colhesse uma flor bela e estranha? E se, ao acordar, você tivesse a flor entre as mãos? Ah, e então?
Crítica de ANDRÉ LIBERATO
3 em 1

Que a SPCD é um projeto estridente, porém muito competente da secretaria de cultura do estado de São Paulo nós já sabíamos. Que Balanchine (1904-1983), russo de nascença radicado nos EUA, foi o grande inaugurador do neoclassicismo na dança nós também sabíamos. Que Joinville é o maior festival de dança do mundo segundo o próprio Guinness book, além de sabido, é também motivo de orgulho para todos nós que torcemos por uma dança mais disseminada e valorizada.

Bem, a soma de toda essa grandiosidade reunida deve servir para nos ensinar muitas coisas, uma delas, a que considero principal, é o caráter didático que Serenade imprime a um festival cujo carro-chefe ainda é o balé. Me explico melhor: assistir um clássico de Balanchine em Joinville é muito importante para que as diversas academias espalhadas pelos quatro cantos do Brasil, aqui reunidas, possam perceber um pouco da origem daquilo que estão fazendo, aprimorando, assim, seus próprios trabalhos. Afinal, Balanchine representa um divisor de águas na história do balé e, sem dúvida, é extremamente responsável pela visão que temos hoje da bailarina clássica.
Outro fator importante é a confirmação da possibilidade de termos no Brasil uma companhia clássica de alto nível técnico e investimento suficiente (que não é pouco) para manter essa qualidade.
Ainda que o projeto esbarre inevitavelmente numa tendência em supervalorizar os modelos estrangeiros, é inegável que o trabalho da SPCD tem se mostrado muito sério e capaz de elevar a dança ao status de maior prestígio na nossa sociedade.
Quanto ao trabalho em si, a obra de Balanchine me parece muito ousada quando vista imersa numa época em que o balé se apoiava em excesso nas narrativas lineares e nos recursos miméticos, mesmo considerando que o panorama americano, onde foi criada a obra, já se mostrava moderno desde as primeiras investidas de Lincoln Kirstein (1907-1996) na criação de um balé nacional.

A fruição estética de Serenade, apoiada na bela música de Tchaikovsky, e reforçada pela luz e figurinos nos leva a sonhar com a possibilidade de leveza daqueles corpos, numa tentativa de apreender seu espírito e trazê-lo para os tempos difíceis que vivemos. É claro que isso só é possível gaças a alta qualidade técnica dos bailarinos e do trabalho rigoroso de remontagem da obra.

Faço aqui um parênteses: a entrada do primeiro bailarino (a obra é um culto à figura feminina), o seu figurino e gestual diferenciado, quebra a construção cresente a que o espetáculo se encontrava no momento de sua entrada. Retomando a idéia de balé de ação de Noverre (1727-1810) que sugeria uma dança composta por inúmeros “quadros” em sequência, o novo que se estabelecia com a presença masculina contrapôs com o restante de tal maneira, como seria colocar uma Tarsila ao lado de um Iberê na mesma sala de exposição. No entanto, esse elemento não é grande o bastante para retirar a beleza e encantamento da obra.

É por tudo isso que considero o encontro entre a SPCD, Balanchine e Joinville de extrema valia para entendermos melhor esse ofício da dança que tanto amamos, mas que sofre com a ausência de conhecimento do passado que poderia auxiliar (e muito!) na construção de um caminho mais sábio no futuro.



Crítica de LEILA PATRÍCIA TORRES

Ousadia e leveza na Noite de Gala do Festival de Dança de Joinville



Como seria acompanhar um ensaio de bailarinos em sua rotina diária? a bailarina chegando atrasada, enxugando o suor ou protegendo seu rosto de uma fresta de luz? quem sabe até mesmo presenciar a queda de uma bailarina
no ensaio? Todos esses elementos, que passam às vezes despercebidos pelo público, estão diluídos em Serenade que retrata cada movimento com muita poesia e leveza.

Serenade é de autoria do coreógrafo George de Balanchine (1904 - 1984), e música de Tchaikvisky (1840 - 1893), a coreografia foi criada inicialmente para os alunos da School of American Ballet, e partiu de exercícios que tinham a intenção de mostrar aos alunos a diferença entre o bailado em sala de aula e a dança no palco. Serenade teve sua primeira apresentação em 1934 com alunos da escola, e sua estréia profissional deu-se em março de 1935.

Serenade não possui cenário ou objetos cênicos, apenas a luz azul que cria uma atmosfera atemporal e celestial. O figurino é simples, de saias longas de tule que trazem a estética do ballet romântico. A apresentação
de Serenade na Noite de Gala foi marcada pela ousadia tanto pela grandeza do espetáculo ser encenado por jovens bailarinos quanto pela própria São Paulo Companhia de Dança que também é muito jovem, foi lançada em janeiro de 2008, pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, a direção artística é de Iracy Cardoso e Inês Bogéa.

A SPCD montou o espetáculo com a ajuda do professor belga Ben Huys, indicado pelo Balanchine Trust que ensinou a coreografia original aos bailarinos: os movimentos, a colocação de cada um no espaço do palco, a
musicalidade e as intenções dramáticas. Enfim, a beleza do espetáculo impressiona pela simplicidade e leveza, saímos do espetáculo leves e felizes em saber que ainda se investe recursos financeiros e apoio governamental ao clássico.

Thank you, Dance!

by Judy Smith "