terça-feira, 30 de outubro de 2007

Do ritmo ao caos


Marcela Benvegnu

A palavra caos é formada a partir de um termo grego que significa abismo e precipício, mas que também carrega a idéia de vazio, ausência e falta de organização. É esse caos — que revela corpos caóticos e estranhos, e ao mesmo tempo, não existe para o um mundo de ritmos — que norteia o novo espetáculo da MN Cia. de Dança, de Belo Horizonte, “Do Ritmo ao Caos”.

O trabalho de pesquisa de movimento (de dança contemporânea) da coreografia foi feita pelos próprios intérpretes — Cristiano Bacelar, Joana Wanner, Joelma Barros, Júnio Nery, Nicole Blach, Rosa Antuña e Vanilton Lakka — com orientação e direção do coreógrafo Mário Nascimento e música — especialmente composta para a peça — de Fábio Cardia. As premissas da apresentação partem para a busca de respostas de paradoxos.

Com o corpo, a companhia tenta responder questões do tipo: como achar segurança na instabilidade; como encontrar beleza no equilíbrio; como ter identidade no heterogêneo, no diferente, e como encontrar certeza no indeterminado. “A principal idéia do espetáculo é mostrar que existe organização na desordem”, fala Nascimento. “Minha inspiração surgiu nas questões urbanas, na sobrevivência desse corpo e como ele reage com as agressões externas do mundo moderno. Tudo é muito rápido, feito em sete segundos. Vivemos em uma constante falta de tempo”. O coreógrafo revela que o trabalho mostra um abismo, o qual todos temos que enfrentar na vida. “Alguns fogem, outros caem” fala.

A questão da violência também está na cena. “Na montagem vivemos um fato real, um dos bailarinos foi assaltado e levou um tiro, e usei isso na coreografia. “Como estar seguro e ao mesmo tempo exposto?”, questiona Nascimento. A parceria de mais de 10 anos de Nascimento e Cardia vem dando certo. “Ele compõe para a gente há mais muito tempo. Acho que esta peça foi uma das mais lindas que ele assinou até hoje. Na verdade, a idéia inicial do trabalho foi dele”, completa Nascimento.

MN — A MN Cia. de Dança foi fundada em 1997 com a proposta de explorar em profundidade as possibilidades de relacionamento entre a dança e a música por meio de jogos de improviso. Em sua trajetória, a companhia produziu outros três espetáculos: “Escapada” (1997), “Trovador” (1999) e “Escambo” (2003) — que foi apresentado no Sesi Piracicaba no ano passado. Nascimento, recebeu, em 1998, o prêmio de melhor coreógrafo pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo seu trabalho em “Escapada” e é visto pela crítica especializada como um dos melhores criadores para a dança contemporânea brasileira.

Blefe na dança


Marcela Benvegnu

Se você não é bailarino, não tem a mínima obrigação de ir a um espetáculo de balé clássico — ou qualquer outro tipo de dança — e entender tudo o que está sendo apresentado. O único problema é quando os bailarinos chegam até você e perguntam o que achou. Para não dizer bobagem, vale até dar uma olhada no manual do blefador “Tudo que Você Precisa Saber sobre Balé para Nunca Passar Vergonha” (Ed. Ediouro). Apesar do título ser bem exagerado, a publicação de Craig Dodd não deixa de ser engraçada e informativa.

O livro é dividido em cinco partes distintas. O que é balé, como apreciar um balé, companhias, criadores e terrine (pedacinho) de balé. Os três estilos de balé — clássico, neoclássico e o moderno — que hoje na contemporaneidade se difere da dança moderna — são explicados pelo autor, que também traduz algumas mímicas dos bailarinos no palco, como no trecho: “Mãos girando sobre a cabeça num movimento de misturar massa, significa dança”. Os cargos de diretor artístico, coreógrafo, diretor musical, maestro, pianista, mães de bailarinas e até críticos são descritos de forma humorada, mas nem sempre realista.

Sobre os críticos, Dodd, que sempre exerceu o ofício, escreve que são “esses homens e mulheres que escrevem a respeito de apresentações para a imprensa nacional com uma linguagem própria e que costumam sentar-se nas extremidades das fileiras, de forma a poder sair com rapidez ao final das apresentações”.

A parte que o autor destina à descrição das maiores companhias e coreógrafos de balé vale o elogio. No texto é possível ler um bom resumo sobre o Bolshoi, Kirov, NYCB, ABT, Royal Ballet, English National Ballet, Balé Real da Suíça, London City Ballet, Paris Ópera Ballet, Ballet de Marseille e outros. Entre os coreógrafos destacam-se Ashton, Balanchine, Bournonville, Ivanov, Petipa, Cranko, Béjart, Massine, Nijinska, De Mille, Nijinsky, Robbins e Tudor. No livro, o leitor ainda confere uma lista de personalidades — bailarinos — que ele deve lembrar e também os principais personagens das montagens de balé no mundo

O AUTOR — Dodd envolveu-se com balé por mais de 25 anos na condição de crítico, biógrafo e agente. Estreou como crítico ao redigir um texto sobre a primeira apresentação de balé que viu, remetendo-o para a hoje extinta Ballet Today. Também escreveu críticas para o “The Guardian” e para a revista The Dancing Times.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Estímulo reconhecível


Marcela Benvegnu /de Londrina

Um dos principais objetivos da Mostra Estímulo, que integra as atividades do 5º Festival de Dança de Londrina, é revelar novas produções e olhares para a dança contemporânea. Na mostra, grupos previamente selecionados se apresentam e são avaliados por uma banca formada por três pesquisadores de dança, que no dia seguinte à apresentação discutem com o grupo sobre a coreografia apresentada.
Na primeira noite do evento, que aconteceu na quarta-feira, subiram ao palco do Teatro Ouro Verde, três grupos: a Cia. Eliane Fetzer, de Curitiba; a Cia. de Dança da Unipar, de Umuarama e o Grupo Voluta, de Campinas. Todos os trabalhos tinham como base movimentos de dança contemporânea, uns com melhores bailarinos, outros com uma pesquisa mais consistente, outros com problemas a serem corrigidos. Mas cada um com sua identidade definida.
A Cia. Eliane Fetzer, por exemplo, mostra um elenco forte, que ao executar os movimentos revela um grupo maduro, porém, o trabalho requer cuidados. O nome da coreografia assinada por Eliane, “Kaludha”, que quer dizer silêncio em grego, se contrapõe à dança. A música de Naná Vasconcelos é totalmente trabalhada com palavras, o figurino é muito informativo e o grupo parece preso a uma linguagem que não é dele. É possível identificar na companhia uma semelhança de movimento e também de figurino de companhias da dança contemporânea brasileira.
A Cia. de Dança da Unipar apresentou “2x2”, de Solmara Castelo Branco de Oliveira. O trabalho, fragmento de uma coreografia maior, tem como principal temática o amor. O desafio da coreógrafa já começa com o próprio tema escolhido. Como coreografar o amor? Será que basta no palco apenas um casal trocando carícias? Sob a música de Wim Mertis e Delibes, o grupo que tem coesão coreográfica precisa se atentar mais à singularidade dos movimentos, ou seja, não é necessário traduzir a música, ou melhor, não é necessário dançar somente com ela. É possível dialogar com o todo.
A surpresa da noite foi, sem dúvida, o Grupo Voluta, que acabou “estimulando” e fazendo jus a uma mostra preocupada com a pesquisa e com a qualidade do movimento. A trupe, oriunda do curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apresentou “PoCoCer”, uma criação coletiva que significa: Procedimento que Conduz a um Certo Resultado. No trabalho, quatro intérpretes mostram um bom entrosamento cênico com música especialmente composta para a obra e, sobretudo, saem do comum. O Voluta é capaz de instigar a produção da dança contemporânea hoje e nos fazer acreditar que existe uma luz no fim do túnel.
Outros 12 grupos sobem ao palco do Teatro Ouro Verde hoje, na segunda parte da Mostra Estímulo. Até o final do festival, que conta com apresentações de companhias profissionais nacionais e estrangeiras, dois grupos receberão um prêmio em dinheiro. Os trabalhos serão escolhidos pela banca de pesquisadores e a direção geral do festival é de Leonardo Ramos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

“Carmen” de Antonio Gades


Marcela Benvegnu

Meses antes de falecer, visando proteger seu legado, o bailarino flamenco Antonio Gades (1936-2004) criou uma fundação. Uma instituição encarregada de zelar pelo seu patrimônio artístico, e que ajudasse a difundir a sua obra, fomentando, a partir dela, um maior conhecimento da dança espanhola em todo o mundo. O maior projeto da empreitada foi a criação da Companhia que leva seu nome e que chega ao Theatro Municipal de São Paulo, no próximo dia 30, quando a trupe apresenta “Carmen”. No dia 31, eles voltam ao palco com “Bodas de Sangre” e “Suíte Flamenca”.

A montagem de “Carmen” é o resultado de colaboração de Gades no filme “Bodas de Sangue”. A história de Carmen é a de uma obsessão. Como diz Emilio Sanz Soto, “Carmen e Don José se devoram pelo prazer de devorar-se. Não é a tragédia grega que buscava uma salvação ou uma condenação. Aqui só a morte nos pode libertar do desejo. A impossibilidade de desviar o destino”.

É curioso que esta personagem tão representativa da Espanha, a “espanhola” por antonomásia, tão definida por seu físico, por sua estampa; seja uma invenção francesa. Porque é da França, pelas mãos de Prosper Merimée e de Georges Bizet, que calaram tão fundo em nossos costumes, que nos chega Carmen. A versão da companhia para a montagem é totalmente dançada. No palco a dança é protagonista absoluta, e é sinônimo de ritmo, música, movimento.


ÍCONE — Antonio Gades, o grande nome do flamenco mundial nasceu em Elda, Alicante e em pouco tempo conquistou a Espanha e o mundo, com suas coreografias altamente criativas e carregadas de força e sensualidade. A participação de sua trupe nos filmes de Carlos Saura, especialmente “Bodas de Sangre”, “Carmen” e “Amor Brujo”, ampliou ainda mais o público do grande bailarino e coreógrafo. Foi a partir de sua experiência cinematográfica que Gades transpôs para o palco a obra de Merimée celebrizada pela música de Bizet. “Carmen” transformou-se em um sucesso absoluto da companhia e ninguém até hoje conseguiu como Gades extrair a carga de sensualidade que funciona como fio condutor da tragédia da cigana e de Don José.

PARA VER — Compañía Antonio Gades. Dia 30, “Carmen” e dia 31, “Bodas de Sangre” e “Suíte Flamenca”. Às 21h, no Theatro Municipal de São Paulo. O valor dos ingressos ainda não foi divulgado. Mais informações (11) 6163-5087.

Mera ilusão


Marcela Benvegnu

Com cenas que remetem às fotonovelas e ao cinema mudo, a peça coreográfica “As Formas Eram Já Mera Ilusão da Vista”, do Avoa Núcleo Artístico, de São Paulo, é a atração de amanhã, às 17h e 20h, do projeto Sesi Dança 2007, no Teatro Popular do Sesi Piracicaba. A montagem, que sugere situações que transitam entre o romântico, o irônico e o cômico, utilizam artifícios como projeções de imagens e recortes de luz. A entrada é gratuita mediante retirada de ingresso antecipada uma hora antes do início da apresentação na bilheteria do teatro.

Com concepção, direção e interpretação de Gil Grossi e Luciana Bortoletto, “As Formas Eram Já Mera Ilusão da Vista” — que tem 40 minutos de duração — foi inspirada em fotos clássicas de casais, na sensação de expectativa vividas pelas pessoas instantes antes de serem fotografadas e também em fotonovelas. O trabalho do grupo, existente desde 2000, iniciou cerceado por uma técnica denominada fotodança que soma o estudo da dança contemporânea, relação cênica, clown e improvisação, com elementos da fotografia.

“O Gil (Grossi) é fotógrafo e eu apesar de ser bailarina também atuo na área. Assim, desenvolvemos uma pesquisa de linguagem pautada pelo corpo que é um híbrido e pela forte questão da imagem”, fala Luciana. “Unimos a dança e a fotografia para desenvolver as cenas do trabalho. O enquadramento, o foco, os planos de imagem estão equilibrados dentro da composição cênica”.

A pesquisa nasceu em 2004 com uma performance chamada “Pontos de Vista”. “Depois de um tempo que ela virou espetáculo”, conta a bailarina. “Hoje, ‘As Formas Eram Já Mera Ilusão da Vista’ tem um formato bem intimista que é para ser visto de perto mesmo. É um trabalho que evoca emoção e memória. “São emoções provocadas por meio das imagens e como associamos isso às fotonovelas e até as novelas mexicanas também demos voz aos dramas dos casais”.

Em cena, Luciana e Grossi estabelecem uma relação simbiótica. “Como somos muito diferentes procuramos que o contraste físico de idade e biotipo vire mote para à concepção”, fala Luciana, que juntamente com Grossi trabalham em um projeto paralelo denominado dança haicai, oriunda da necessidade investigar a transformação da imagem contemplada em movimento dançado. Entre os principais trabalhos da companhia destacam-se, “O Que Passa”, “Toca” e “A Hora do Espelho

Sesi Dança 2007 apresenta “As Formas Eram já Mera Ilusão da Vista”. Amanhã, às 17h e 20h, no Teatro Popular do Sesi Piracicaba (av. Luiz Ralph Benatti, 600), na Vila Industrial. A entrada é gratuita mediante retirada de ingresso uma hora antes do início do espetáculo na bilheteria do teatro. Datas, local e horários foram enviados pelos organizadores. Mais informações: (19) 3421-2884.

Crítica / Qualidade em foco


Marcela Benvegnu

A primeira grande diferença entre os musicais “My Fair Lady” e “Os Produtores”, que estão em cartaz em São Paulo, está logo de cara do espaço. “My Fair Lady” está sendo apresentado do Teatro Alfa, e que o diga Jorge Takla, — o produtor da montagem — um teatro acostumado a receber grandes espetáculos, principalmente do gênero dos musicais, enquanto “Os Produtores”, acaba de estrear no Tom Brasil, uma casa de shows, na qual você é obrigado a assistir ao espetáculo torto em uma cadeira, sendo que a visão é totalmente comprometida pelo andar dos garçons — estes que na hora de pagar a conta, não trazem o seu troco.

Mas isso são meros detalhes — que fazem uma grande diferença — quando a grande reflexão sobre o nicho dos musicais paulistas está mesmo na qualidade, dos cenários, figurinos, iluminação, cantores, atores, e, sobretudo, bailarinos. Apesar de “My Fair Lady” não ser um musical com muitos números coreográficos eles apresentam uma certa sintonia com o espaço e estão bem ensaiados, poderiam ser mais vibrantes, mas... Em “Os Produtores”, apesar de os currículos dos bailarinos serem recheados de outros musicais, cursos e até apresentações internacionais, quando o assunto é sapatear, a coisa se complica.

Não adianta somente o pé da bailarina da frente estar igual à de trás, se o som que ela emite é completamente diferente da proposta coreográfica. Ensaio, limpeza e muita técnica seriam ingredientes que poderiam melhorar o trabalho da montagem, que revela uma linda (por natureza) Juliana Paes e um surpreendente Vladimir Brichta. Em “My Fair Lady”, vale prestar atenção nas quase três horas de espetáculo sem piscar os olhos. A beleza plástica é tão grande, que é difícil se prender aos detalhes. A sintonia entre Daniel Boaventura (Professor Higgins) e Amanda Acosta (Elisa Doolittle) é tão grande que chega a impressionar. A troca dos cenários é feita de um modo muito sutil, o microfone dos intérpretes é quase imperceptível — provavelmente esteja acoplado às perucas —, a iluminação poderia ter o nome de desenho de luz, os figurinos de Fábio Namatame são mais bonitos que os originais, e a regência de Vânia Pajares é digna de reverência.

Não se pode explicar tudo. Para esta montagem a palavra de ordem é assistir.Antes que o espaço termine, impossível não falar dos programas dos espetáculos. Ambos tem valor de R$ 20 e merecem ser adquiridos no hall do teatro ou casa de show. O programa de “Os Produtores” faz jus a montagem e é um material bem produzido. O de “My Fair Lady” é um verdadeiro livro. Branco, de capa dura e além da boa produção de imagens, o material conta com um histórico completo dos “criadores” do musical, como George Bernard Shaw, Alan Jay Lerner e Frederick Loewe, e da história da montagem. Vale o preço.

Fomento à Dança

Marcela Benvegnu

A Galeria Olido e o Centro Cultural São Paulo (CCSP) recebem a partir de 4 de outubro, a 1ª Mostra do Fomento à Dança. Além de ocupar com atividades dois pavimentos da Secretaria Municipal de Cultura, haverá programação intensa no Lugar — nova sede da Cia. Corpos Nômades —, que surge graças ao Programa Municipal de Fomento à Dança, ampliando o acesso do público às criações e produções no gênero.
Na abertura do evento haverá a inauguração da Sala de Pesquisa e Acervo, localizada no Centro de Dança da Galeria Olido, que abrigará o acervo multimeios do Programa — disponível para consulta pública, e materiais de dança doados por grupos e instituições. A idéia é que o local torne-se referência para pesquisadores e interessados no assunto.
Criado com a proposta de investir, fortalecer e difundir a dança contemporânea na cidade de São Paulo, o Programa lançou seu primeiro edital em julho do ano passado. Entre os 32 projetos inscritos, foram selecionados 14, que receberam entre R$ 60 e 200 mil para custear despesas de circulação, criação de espetáculos e manutenção de companhias.
Esta semana os espetáculos contemplados pelo primeiro edital integram a mostra que passará a fazer parte do calendário de dança da cidade de São Paulo anualmente, apresentando coreografias dos projetos selecionados a cada edição e promovendo o trabalho continuado dos grupos e núcleos independentes da dança paulistana.
Para a estréia da iniciativa, estão programados espetáculos, exposições e workshops gratuitos, além de palestras sobre o ensino de dança para crianças, discussão sobre a Lei de Fomento, em vigor desde 2005 e um encontro com coreógrafos e intérpretes dos 14 grupos selecionados, com mediação da bailarina e crítica da "Folha de São Paulo", Inês Bogéa.
Entre as coreografias que se apresentarão no Centro Cultural São Paulo e Galeria Olido estão, "PólisSemos", com concepção e direção geral de Maria Mommensohn; "¿Por que no hacemos cine?", com a Cia. Lambe-Lambe de Teatro e Afins; "O Processo", com a Cia. Borelli de Dança; "Anjo Novo", com o Núcleo Passo Livre; "Frida Kahlo: Uma Mulher de Pedra dá Luz à Noite" e "Feifei e a Origem do Amor", com a Taanteatro Cia.; "Estudos Sobre o Desejo", com os Artesãos do Corpo; "Brincos & Folias", "Entranças - Descobrindo e Redescobrindo o Brasil", "RodaPé", com a Balangandança Cia.; "Olhos Invisíveis", com P.U.L.T.S Teatro Coreográfico e outros. A programação completa pode ser conhecida no site: www.centrocultural.sp.gov.br/fomento_danca. O evento vai até 29 de outubro.

Thank you, Dance!

by Judy Smith "