A dança negra apareceu na Broadway por meio de apresentações esporádicas em 1883, mas só depois da estréia da primeira ópera folclórica “Porgy and Bess”, escrita por George Gershwin e estreada em 1935, que ela passou a conquistar os nova-iorquinos e teve lugar ao lado dos brancos no circuito Broadway. Isto não quer dizer que os brancos se desinteressaram por uma música dos negros do sul, ao contrário, foram muitos os artistas que ficaram interessados em criar uma certa plasticidade e um certo suingue das possibilidades coreográficas que apontavam as características do jazz dance. A comédia musical para a televisão nasceu ao mesmo tempo, que o cinema deixou de ser mudo — o primeiro filme sonoro da história foi “The Jazz Singer” (1927) — e sua aceitação foi tão grande que fez com que a indústria cinematográfica recuperasse atores, bailarinos, músicos, cenógrafos e coreógrafos, que estavam atuando nos teatros. O fenômeno mais importante desta época, foi a influência direta do jazz tanto no que se refere a música e no que se refere a dança nos ambientes teatrais e musicais de Nova York. O jazz dance deu a dança americana novas perspectivas coreográficas dentro das quais não se pode esquecer que sofreu influências da dança clássica. Durante os anos vinte, a Broadway se beneficiou muito desse avanço da qualidade técnica dos intérpretes e muitos coreógrafos que estavam acostumados a criar trabalhos na linha clássica passaram a realizar musicais como Jack Cole, Jerome Robbins, George Balanchine e Bob Fosse. Bailarinos como Fred Astaire, Cyd Charisse, Mikhail Barishnikov, Leslie Carol, Bill “Bojangles” Robinson e outros convertiam o sapateado das ruas em um espetáculo elegante e de grande êxito popular.A verdadeira época de ouro da Broadway se deu depois dos anos 40, com coreografias de Jack Cole — aluno de Ruth St.Denis — e foi responsável pela fusão do jazz com outros tipos de rituais e Agnes de Mille, que coreografou “Rodeo” (1942) e “Oklahoma!” (1943). Em 1945 Michael Kidd coreografou “On Stage!”, depois surgiu Jerome Robbins que foi sem dúvida a revelação da comédia musical nos Estados Unidos com “West Side Story” (1957), seu grande marco na história do jazz dance.Porém, na verdade quem revolucionou as coreografias modernas e a comédia musical a partir de 1960, num período onde não parecia haver mais invenções foi Bob Fosse, criador de “Cabaret” (1972), “All That Jazz” (1979), e “Chicago”, tanto que até hoje esses trabalhos são remontados, e tudo, nasceu em um mesmo cenário, a Broadway, que sem dúvida até hoje, é a mais importante produtora de musicais do mundo.
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Thank you, Dance!
by Judy Smith "
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